quinta-feira, 18 de abril de 2024

TONY RAY-JONES

 

 "Don't take boring pictures." (Tony Ray-Jones)
Tony Ray-Jones nasceu em 1941 em Wells, Sommerset na Inglaterra. Estudou na London School of Printing, onde se dedicou ao design gráfico. Em 1960, obteve uma bolsa de estudos que o possibilitou ir estudar nos EUA, na escola de arte de Yale. Aos dezenove anos, seu talento já era óbvio e, em 1963, fez trabalhos para as publicações Car and Drive e Saturday Evening Post.

Nos EUA, trabalhou com o diretor de arte Alexey Brodovitch no estúdio de Richard Avedon e conheceu vários fotógrafos de rua, como Joel Meyerowitz. Se formou em 1964, até seu retorno à Inglaterra, fotografou os EUA de forma intensa. 


Ao chegar em seu país, ficou decepcionado com a falta de interesse na fotografia não comercial e não tinha muita certeza a respeito de qual assunto perseguir. A ideia de fotografar os ingleses em seu momento de lazer começou a tomar forma e, enquanto fazia trabalhos comerciais para o Radio Times e outros jornais e revistas, se dedicou a esse projeto. Na ediçao de outubro de 1968 da revista Creative Camera, Ray-Jones descreveu o que pretendia alcançar, que era comunicar algo sobre o espírito e a mentalidade dos ingleses, seus hábitos e estilo de vida e a ironia que existe na maneira como fazem as coisas.

De acordo com o Wikipedia, Ray-Jones foi influenciado por Cartier-Bresson, Garry Winogrand, Homer Skyes e Sir Benjamin Stone. Por duas vezes tentou, sem sucesso, se juntar à agência Magnum e é citado por Martin Parr como sendo sua maior influência.

Em 1972, Ray-Jones foi diagnosticado com leucemia e começou a fazer quimioterapia. Morreu no dia 13 de março daquele ano. Seu arquivo está localizado no National Media Museum em Bradford, na Inglaterra e consiste em 700 fotografias, 1.700 folhas de negativos, 2.000 folhas de contato, 10.000 transparências coloridas, além de seus cadernos e correspondência.
Vídeos interessantes:


quinta-feira, 11 de abril de 2024

NIALL MCDIARMID


Niall McDiarmid é um fotógrafo britânico conhecido por suas obras que capturam a diversidade e a singularidade das pessoas nas ruas do Reino Unido. Ele nasceu (1976) e cresceu na Escócia, onde desenvolveu seu interesse pela fotografia desde cedo. McDiarmid estudou na Napier University em Edimburgo, onde aprimorou suas habilidades técnicas e artísticas.

Após concluir seus estudos, Niall McDiarmid começou sua carreira como fotógrafo freelancer, focando em retratar a vida cotidiana e as diferentes subculturas urbanas. Seu estilo distinto combina cores vibrantes, composições cuidadosamente planejadas e um olhar aguçado para a expressão humana, resultando em imagens cativantes e autênticas.

Ao longo dos anos, McDiarmid viajou extensivamente pelo Reino Unido, explorando cidades, vilarejos e comunidades diversas. Suas fotografias são um testemunho da rica tapeçaria cultural do país, destacando não apenas a individualidade de cada pessoa, mas também as conexões e contrastes entre diferentes regiões e grupos sociais.

O trabalho de Niall McDiarmid foi amplamente reconhecido e exposto em galerias de arte, bem como em publicações renomadas. Ele também publicou vários livros de fotografia que compilam suas melhores obras, contribuindo para a preservação e apreciação do seu talento único na documentação visual da sociedade contemporânea britânica.

Com uma carreira sólida e uma visão artística singular, Niall McDiarmid continua a inspirar e cativar espectadores ao redor do mundo com suas fotografias que celebram a diversidade, a autenticidade e a humanidade encontradas nas ruas do Reino Unido.


Knowing your strengths as a photographer with Niall McDiarmid:

Livro "Breakfast":
Livro "Shore":

Links interessantes:


quinta-feira, 4 de abril de 2024

DAVID LACHAPELLE

David LaChapelle nasceu em 11 de março de 1963 em Fairfield, Connecticut, Estados Unidos. Desde jovem, ele demonstrou interesse pela arte e pela fotografia, o que o levou a estudar na Escola de Artes Visuais de Nova York. Durante seus estudos, ele começou a se destacar no mundo da fotografia, especialmente na fotografia de moda, capturando a atenção de importantes revistas e celebridades.

Nos anos 1980 e 1990, LaChapelle se tornou uma figura proeminente na cena artística de Nova York, trabalhando com revistas renomadas como Vanity Fair, Vogue e Rolling Stone. Sua abordagem única e seu estilo visualmente impactante o destacaram como um dos fotógrafos mais inovadores e provocativos da época.

Ao longo de sua carreira, LaChapelle expandiu seu trabalho além da fotografia de moda, explorando temas sociais, culturais e políticos em suas imagens. Sua obra muitas vezes desafia as normas estéticas e questiona os valores da sociedade contemporânea, abordando questões como fama, consumo, sexualidade e espiritualidade.

Além de suas fotografias icônicas, LaChapelle também dirigiu diversos videoclipes para artistas como Elton John, Madonna, Britney Spears e Moby, deixando sua marca distintiva no mundo da música e do entretenimento. Sua habilidade em mesclar elementos do mundo da arte, da moda e da cultura pop solidificou sua posição como uma influência significativa na fotografia contemporânea.

Atualmente, David LaChapelle continua a criar obras visualmente impactantes e provocativas, exibindo seu trabalho em galerias de todo o mundo e mantendo seu lugar como um dos fotógrafos mais reconhecidos e celebrados da atualidade. Sua trajetória é marcada por uma busca incessante pela inovação artística e pela expressão autêntica de suas ideias e visões.

Meu projeto preferido de LaChapelle é o "Earth laughs in flowers", que consiste em uma série de fotografias em natureza morta, que combinam elementos naturais com moda e cultura pop. O resultado são imagens impactantes. LaChapelle possui uma habilidade única quando se trata de composições extravagantes e provocativas e o resultado é artístico e inspirador, ao mesmo tempo em que causa um certo desconforto.

 

Neste vídeo, LaChapelle descreve sua trajetória de vida de forma resumida, bem como algumas transições ao longo da carreira e dá alguns conselhos sobre como manter a criatividade viva:


Livro LaChapelle Land:
Comentário do canal The Photographic Eye a respeito do trabalho de LaChapelle:
Palestra sobre séries diversas:


Links interessantes:

segunda-feira, 1 de abril de 2024

MARTIN PARR

"The fundamental thing I'm exploring constantly is the difference between the mythology of the place and the reality of it."
"My biggest fascination is to try and make the ordinary look extraordinary."


Martin Parr é um fotógrafo britânico nascido em 1952 em Epsom, Surrey. Ele é reconhecido internacionalmente por seu estilo documental único, que combina observações satíricas e críticas sobre a sociedade contemporânea com uma estética colorida e vibrante. Parr estudou na Manchester Polytechnic nos anos 1970 e começou sua carreira fotográfica documentando a vida em comunidades do norte da Inglaterra, desenvolvendo um interesse particular por temas como classe social, consumo e cultura popular.

Ao longo de sua carreira, Martin Parr produziu uma extensa obra que abrange diversos projetos fotográficos, exposições e publicações. Seu trabalho muitas vezes aborda questões como o turismo, a globalização, a identidade nacional e as mudanças culturais contemporâneas, sempre com um olhar perspicaz e uma abordagem que mescla humor e crítica social. Parr também é conhecido por seu papel como membro da renomada agência Magnum Photos, onde ingressou em 1994 e contribuiu significativamente para a documentação visual de eventos históricos e culturais em todo o mundo.

Ao longo de sua carreira, Martin Parr recebeu diversos prêmios e honrarias, incluindo o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE) em 2019 por seus serviços à fotografia. Sua influência no mundo da fotografia documental é amplamente reconhecida, e seu trabalho continua a inspirar e provocar reflexões sobre a sociedade contemporânea, o consumo, a cultura visual e os modos de representação da realidade através da imagem fotográfica.




REAL FOOD: oferece uma visão peculiar e envolvente da cultura alimentar ao redor do mundo. Com suas imagens vibrantes e close-ups intimistas, Parr captura a essência das experiências culinárias, desde banquetes extravagantes até refeições simples do dia a dia. A obra revela a diversidade de pratos, hábitos alimentares e contextos sociais, ao mesmo tempo em que apresenta uma crítica sutil e bem-humorada sobre temas como consumismo, globalização e identidade cultural através da lente da comida.
COMMON SENSE - é uma série fotográfica que reflete sua característica abordagem satírica e observadora da vida cotidiana. Por meio desse projeto, Parr busca destacar situações e elementos aparentemente banais ou mundanos, mas que revelam nuances interessantes e muitas vezes humorísticas sobre a sociedade contemporânea. A série "Common Sense" pode abranger uma variedade de temas e contextos, desde cenas urbanas até eventos sociais, sempre capturando a essência do absurdo e das contradições inerentes à vida moderna com seu olhar perspicaz e crítico.
SMALL WORLD:  é uma análise perspicaz e muitas vezes irônica do turismo de massa e da cultura do consumo em escala global. Através de suas fotografias, Parr explora como lugares turísticos famosos se transformam em cenários padronizados e artificialmente atraentes para os visitantes, destacando a uniformidade e as contradições por trás das experiências turísticas. Ele revela os aspectos mundanos por trás das imagens idealizadas de destinos turísticos populares, expondo a interação entre os turistas e os locais visitados de uma maneira que é ao mesmo tempo cômica e reflexiva, questionando nossa percepção da autenticidade e da experiência turística contemporânea.
THE LAST RESORT: é um dos trabalhos mais icônicos do fotógrafo britânico. Realizado na cidade litorânea de New Brighton, nos arredores de Liverpool, durante o final dos anos 1970 e início dos anos 1980, o projeto captura a vida cotidiana dos moradores locais e dos visitantes em um ambiente de turismo decadente e mudanças sociais. As fotografias de Parr revelam uma visão franca e por vezes desconcertante da classe trabalhadora britânica em um contexto de lazer e entretenimento, apresentando uma mistura de cores vibrantes e momentos humanos genuínos que oferecem uma crítica perspicaz e afetuosa da sociedade e da cultura britânicas da época.

E, claro, Martin Parr também teve sua dose de selfies:
Vídeos interessantes:

Picturing the south: Martin Parr





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